A psicologia financeira é como se você colocasse o seu “eu” financeiro no divã. O jeito como lidamos com o dinheiro, acredite, influencia diretamente nas nossas decisões de consumo, planejamento financeiro para o futuro e como encaramos as nossas dívidas.

É a área em que os conceitos de psicologia se encaixam no nosso comportamento financeiro. Por exemplo, quando você compra de maneira impulsiva algo que foge do que é considerado essencial, já se perguntou por que fez isso? Se foi por ansiedade, ou uma forma de aliviar o estresse?

A falta de planejamento financeiro pode causar compras em excesso e até depressão. Segundo um estudo da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), 80% das pessoas que não conseguem pagar as suas dívidas se sentem mais tristes. É aí que a psicologia financeira pode ajudar.

Para que serve a psicologia financeira?

O nosso perfil financeiro tem muito a ver com a psicologia e a forma como tomamos decisões, uma vez que as suas áreas estudam aspectos cognitivos e comportamentais do ser humano. Quando juntamos a ciência da mente e a economia, temos a psicologia financeira.

O objetivo da psicologia financeira é estudar as atitudes que tomamos perante o dinheiro, ajudando a ampliar a nossa consciência financeira. Por meio de técnicas comportamentais, é possível mudar a visão negativa acerca dos gastos e organizar o orçamento – e, assim, gastar com responsabilidade.

Dessa forma, para que o nosso psicológico e as finanças pessoais se mantenham saudáveis e falem a mesma língua, vamos ver algumas dicas. Elas ajudam a entender qual é o nosso perfil, como fazer um planejamento financeiro e poder economizar para, enfim, ter liberdade financeira – e sem problemas com a conta bancária.

1. Qual é o seu perfil?

Você é esbanjador? Ou evita gastar ao extremo? Compra por impulso? Preste atenção aos tipos de gastos que você tem ao longo do mês. Vale até anotar em um papel as despesas; considere tudo, do essencial ao supérfluo. 

Caso conclua que os seus gastos supérfluos são exagerados, veja por que eles existiram. Era um momento de ansiedade? Tristeza? Estresse? Isso vai ajudar você a balizar no futuro, para que eles não aconteçam com a mesma frequência, além de mostrar se você está com dificuldades de lidar com alguma situação na sua vida.

Um perfil mais esbanjador pode ter influências familiares. Se os pais têm o hábito de gastar em demasia, esse costume pode passar aos filhos. Se for o seu caso, há tempo de reorganizar as suas finanças para que, daqui para a frente, as despesas sejam menores.

2. Guarde dinheiro

Essa é uma atitude que faz a diferença no futuro. Aqui a ideia não é só saber como economizar, mas saber como gastar. Pessoas que gastam muito dificilmente conseguem guardar dinheiro, e o objetivo é identificar com o que se gasta demais. Na lista que você fez com os valores, veja aqueles que podem ser cortados ou eliminados.

Você vai notar que o dinheiro começa a sobrar, e isso incentiva mais ainda o controle financeiro. É o que a psicologia do comportamento chama de reforço: você faz uma ação para ter uma resposta positiva. Na psicologia financeira, isso se traduz na força de vontade para continuar poupando.

psicologia financeira

3. Negocie as dívidas

Se guardar dinheiro ainda não é possível, negocie as dívidas pendentes. Veja se há faturas pendentes no cartão de crédito, cujos juros são os mais altos do mercado. Caso seja possível, quite os empréstimos, para pagar menos juros; se não der, negocie o saldo devedor para que as parcelas caibam no orçamento.

4. Estabeleça um objetivo

Lembra quando falamos em guardar dinheiro? Para que esse reforço positivo da psicologia financeira possa fazer mais sentido, estabeleça um objetivo. Para que vou guardar dinheiro? Viajar? Comprar um carro? Dar entrada em uma casa? Fazer uma faculdade?

Uma vez com esse objetivo já definido, programe-se para guardar dinheiro por um determinado período até alcançá-lo. É como se você financiasse o seu sonho. Tendo essa meta em vista, você sentirá mais facilidade e estímulo para cortar gastos e negociar as suas dívidas.

5. Invista o seu dinheiro

Uma das formas de você guardar dinheiro e fazê-lo render é investi-lo. Mas como investir dinheiro? Vale aqui ver o seu perfil de investidor para saber qual aplicação mais combina com você. Fazer um teste para descobrir a sua relação com investimento também faz parte da psicologia financeira.

Há os perfis mais conservadores, que querem evitar flutuações bruscas do mercado, mas com remuneração mais baixa. Enquanto isso, os de perfil moderado aceitam um pouco de risco, mas com cautela. Já os mais arrojados preferem investimentos mais arriscados, como o mercado de ações, mas que oferecem remunerações melhores.

6. Tenha uma reserva de emergência

Falando em investimentos, se possível, faça dois tipos de aplicação: uma para realizar os objetivos e outra para ser usada em imprevistos. Isso é importante para não ser pego de surpresa e ter como resolver problemas sem comprometer o orçamento.

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A psicologia financeira pode ajudar você a se relacionar de forma mais saudável com o próprio dinheiro. Quanto mais você anotar os próprios gastos, economizar e investir, mais prazerosa será a sua relação com o orçamento.

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