Quando você pede um financiamento, uma das primeiras perguntas da instituição financeira tem relação com a renda familiar. Este e outros questionamentos servem para o banco fazer uma análise do pedido para saber se o cliente poderá arcar com as dívidas.

Essa informação é importante porque, por meio dela, os bancos conseguem ter uma visão mais ampla da capacidade de o candidato a financiamento ou empréstimo cumprir com as obrigações. Vamos conhecer mais sobre o assunto neste post.

Conceito

Você sabe o que é renda familiar? É a soma das rendas brutas de todos os componentes do grupo familiar, incluindo salários, pensões por morte, invalidez ou por divórcio, dinheiro que vem de atividades autônomas, rendimentos de trabalho informal (não registrados), benefícios do INSS e rendimento que vem de patrimônio.

Esse somatório é a renda bruta familiar, antes da dedução de impostos e contribuições, como imposto de renda e previdência social. Uma vez que eles sejam descontados do montante, tem-se a renda líquida — efetivamente disponível para uso.

Já a renda familiar per capita é obtida quando se divide o valor obtido na soma da renda bruta pelo número de pessoas que compõem a família. Por exemplo, se a renda bruta for R$ 5 mil e houver 5 pessoas na família, a renda per capita será R$ 1 mil.

Como compor a renda familiar?

Então, como fazer o cálculo da renda per capita familiar? Em geral, quando fazem a análise do pedido de financiamento, os bancos consideram a renda familiar bruta e não apenas a do solicitante. Se moram três pessoas no imóvel e duas delas trabalham, por exemplo, o montante total é formado pelo rendimento delas.

Para quem deseja aproveitar essa facilidade, é necessário apresentar e comprovar a renda familiar mensal. Vale lembrar que a instituição financeira pode solicitar mais documentos, se for necessário.

  • Carteira de Trabalho: a CTPS é obrigatória para quem tem trabalho registrado em carteira. No entanto, ela pode não ser suficiente para a instituição financeira, que pode exigir outras certidões;
  • Holerite: é necessário apresentar os últimos três holerites no momento de financiar. É um comprovante de renda mais específico que a carteira de trabalho, pois demonstra a média de ganhos do interessado;
  • Extratos bancários: assim como acontece com os holerites, alguns bancos aceitam os três últimos extratos como prova de que o cliente pode pagar o crédito;
  • Declaração de Imposto de Renda: também é uma forma bastante solicitada de comprovar os rendimentos. Por ela apresentar informações de um ano inteiro, a instituição pode ter uma visão mais ampla das condições financeiras do solicitante.

Quem não tem trabalho registrado pode comprovar a renda como?

Há situações em que a pessoa interessada não consegue provar os rendimentos tão facilmente, como os profissionais autônomos. Para isso, peça a um contador fazer a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos. Isso não exclui a necessidade de declarações de imposto de renda e extratos bancários.

Criança junto com os pais colocando dinheiro em cofrinho

Quem pode compor a renda

A renda familiar pode ser composta por casais oficialmente casados ou em união estável, pais e filhos, noivos e até amigos. Porém, nem todas as instituições aceitam todos esses tipos de relação entre os proponentes. Em virtude disso, é importante se informar sobre isso antecipadamente.

Vale notar que o número de pessoas também é variável. Há bancos que permitem que até três indivíduos participem do processo de calcular a renda familiar, enquanto outros aceitam apenas dois. A análise financeira familiar não é igual em todos os lugares. Por isso, vale a pena consultar a instituição financeira.

Posso usar o FGTS nesse caso?

Nesse caso, é possível utilizar o FGTS de um ou mais participantes da composição de renda. É um ótimo recurso para aumentar o valor da entrada e, consequentemente, o do financiamento. Também é possível usar o saldo para quitar as parcelas e garantir mais tranquilidade ao orçamento.

Qual é o prazo para financiamento?

O prazo máximo para terminar o financiamento é definido pela idade da pessoa interessada. Porém, como isso funciona quando mais de uma pessoa solicita o crédito? É simples: os bancos consideram a idade de quem for mais velho.

Vamos supor que um filho de 35 anos queira comprar um imóvel com o pai de 60 anos. Nesse caso, o banco concederá um prazo menor de, no máximo, 20 anos. Isso ocorre porque há uma regra em que a idade do mutuário somada ao tempo de financiamento não pode ultrapassar 80 anos (80 – 60 = 20).

Vale a pena compor a renda?

A composição da renda familiar é uma ótima maneira de conseguir mais crédito junto à instituição financeira. No entanto, ao fazer o contrato de financiamento, é importante lembrar que todas as pessoas incluídas no financiamento serão proprietárias do imóvel.

Desse modo, é fundamental avaliar o relacionamento com quem você irá dividir as parcelas e a responsabilidade pelo imóvel. Se houver duas pessoas disponíveis para compor a renda e uma delas for mais nova, é preferível se juntar a ela, pois o prazo para quitar o débito poderá ser maior.

Também cabe mencionar que cada instituição possui uma política própria. Por isso, o banco pode aceitar ou rejeitar a composição familiar, assim como os documentos. Informar-se com antecedência e providenciar as certidões quanto antes evita problemas futuros.

Posso transferir o imóvel para o meu nome depois?

Sim, é possível. Como falamos, quando a compra for efetuada por mais de uma pessoa, todas serão proprietárias do imóvel. Se alguém quiser arcar sozinho com as despesas e se tornar o único proprietário depois, será necessário realizar alguns procedimentos.

Em primeiro lugar, o banco credor precisa analisar sua situação financeira, para saber se você tem condições de pagar o crédito. Com o aval dela, será necessário pagar o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e fazer o registro dessa mudança no Cartório de Imóveis. De toda forma, é importante pesquisar as regras bancárias sobre a composição da renda familiar, pois cada instituição tem um jeito próprio.

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