O sol é a principal fonte de energia dos seres vivos desde que o mundo é mundo. Afinal, é a sua luz e calor que fazem com que as plantas produzam seu próprio alimento e faz os ciclos da natureza funcionarem. Apesar disso, quando falamos em energia solar estamos nos referindo a algo mais específico e fabricado pelo homem: painéis solares que convertem energia luminosa em energia elétrica.
A energia solar é limpa – não produz resíduos nem polui o ambiente –, ao contrário da energia que usa combustíveis fósseis, ela usa uma fonte natural e renovável e pode ser produzida em pequenas quantidades, apenas para o consumo de uma casa ou empresa – algo que não acontece com energia hidrelétrica, por exemplo, que demanda a construção de grandes usinas. A desvantagem está no preço de produção, fator que que barra a sua popularização.
Como funciona um painel solar? – A história da energia solar começa em 1893, quando o físico francês Alexandre-Edmond Becquerel observou pela primeira vez o efeito fotovoltaico. Nele, a energia luminosa incide sobre materiais semicondutores, se convertendo em eletricidade. É sobre esse mesmo princípio que funcionam os painéis solares, responsáveis pela produção desse tipo de energia. Os painéis são formados por células fotovoltaicas, dispositivos que têm a capacidade de captar a luz do sol e transformá-la em energia, criando uma corrente elétrica capaz de circular em um circuito externo.
Essa tecnologia passou por muitas evoluções nas últimas décadas. No início, o efeito fotovoltaico era usado para gerar energia em satélites. Com o tempo, ele começou a ser usado para atender locais distantes dos centros urbanos e onde mais o fornecimento de energia por meios tradicionais fosse escasso ou dificultado. Acumuladores possibilitavam o estoque de energia, para garantir o suprimento em momentos de baixa luz solar. O uso de energia solar em residências, atualmente, se destina sobretudo a sistemas de aquecimento, os chamados sistemas térmicos.
Segundo a International Copper Association (ICA), entre 2002 e 2012 o uso de energia fotovoltaica subiu 8%. A China é responsável por cerca de 20% desse tipo de produção, seguida da Alemanha. O alto custo das fontes tradicionais de energia, o esgotamento de suas fontes e a consciência sobre seu impacto ambiental estão entre as principais causas desse incremento.
Painéis em casa – É possível instalar painéis solares com capacidade de produzir diferentes quantidades de energia. Além da potência do equipamento, a capacidade de produção está relacionada a fatores como o local da instalação, a orientação e inclinação do painel, temperatura média do local e sombreamento.
Um painel de 100 Wp no Brasil pode produzir em média entre 400 e 650 Wh por dia – entre 12 e 20 kWh por mês. Um painel de 200 Wp produzirá o dobro. É preciso considerar também as perdas de energia, que ficam na ordem de 35% para sistemas com baterias e 20% em sistemas conectados à rede elétrica. O equipamento é composto pelos painéis fotovoltaicos, por inversores, que ajustam a voltagem de acordo com a necessidade, e, em sistemas isolados, baterias para o armazenamento de energia e controladores.
Existem painéis de diversos tamanhos e capacidades de geração. É possível encontrar modelos entre R$ 600 e R$ 2.500. Já kits de geradores, mais complexos, custam entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.
