Se você entrou na fase da decoração da casa que acabou de comprar, fique atento às mudanças no setor de iluminação. A partir de hoje, as lâmpadas incandescentes e fluorescentes compactas com potência superior a 60W, que não atendam aos novos níveis mínimos de eficiência energética, não serão mais comercializadas. As incandescentes esquentam e, portanto, convertem de 5% a 10% da energia elétrica em luz. O restante é desperdiçado em forma de calor.

“Presentes em 70% dos lares brasileiros, as lâmpadas incandescentes, de baixo desempenho energético, deixarão de ser comercializadas gradativamente no Brasil, seguindo uma tendência mundial recomendada pela Agência Internacional de Energia", anuncia Alfredo Lobo, Diretor de Avaliação da Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Além da mudança gradativa de opções no mercado, há também o objetivo de induzir que as lâmpadas incandescentes de uso comum (LI) atinjam níveis mínimos de eficiência mais rigorosos que os atuais – as lâmpadas com outras potências terão prazos de vencimento até 2016.

Segundo Lobo, "as lâmpadas incandescentes consomem quatro vezes mais energia e duram oito vezes menos que as fluorescentes compactas, o que as torna, no final das contas, muito mais caras para o bolso do consumidor. Como a tecnologia da incandescente tradicional já atingiu seu limite de desenvolvimento tecnológico quanto a sua eficiência e tempo de vida, ela deve deixar de existir”.

 

A nota divulgada pelo Inmetro alerta sobre que a regulamentação serve para elevar a participação no mercado de modelos com maior eficiência, com base no Plano de Metas estabelecido na Portaria interministerial nº 1007/2010.

Os estabelecimentos, importadores e fabricantes que não atenderem à legislação estarão sujeitos às penalidades previstas em lei. Já a importação é ainda controlada pelo Inmetro, de forma a impedir a entrada de produtos irregulares no país.

A partir dos prazos finais estabelecidos nas portarias, atacadistas e varejistas, incluindo as lâmpadas importadas, serão fiscalizados pelos órgãos delegados do Instituto nos estados.

As lâmpadas LED podem ser uma alternativa. Elas duram 25 vezes mais que as incandescentes e três vezes mais do que as fluorescentes compactas. Isso significa por volta de 25 mil horas a mais de luz. Elas convertem 60% da energia elétrica que consomem em luz, reduzindo o valor da conta do final do mês. Além disso, consomem menos energia elétrica e poluem menos.

Países como a Argentina, Alemanha e Austrália já aboliram a comercialização das lâmpadas incandescentes, e outros estabeleceram um cronograma para eliminação, como os da União Europeia e os Estados Unidos, entre outros. As lâmpadas terão de atender a níveis cada vez mais rigorosos para continuarem no mercado.

Fonte: Inmetro