Quem investe no mercado de ações já deve ter se deparado com diferentes siglas e nomenclaturas. É comum surgirem dúvidas a respeito dos termos, e um dos que mais podem gerar confusão sobre a sua prática é o deságio.
Comum de aparecer quando o assunto é mercado de títulos, o termo surge quando há oscilações para baixo sobre o preço dos ativos. Isso significa que pode ser uma boa hora para diversificar a carteira. Porém, nem sempre é uma vantagem, e pode indicar que a ação está desvalorizada por algum motivo específico.
Entender o deságio é fundamental para compreender o mercado de ações como um todo. No texto a seguir, explicamos como essa oscilação funciona na prática e qual a melhor forma de calculá-la. Confira!
Como funciona o deságio?
No mundo dos investimentos, o deságio nada mais é que a condição de comprar um ativo por um valor menor que o teto que ele geralmente costuma atingir. A famosa “compra na baixa” representa esse tipo de visão, quando o investidor busca investir justamente no momento em que o mercado dá sinais de queda.
Falando de maneira prática, é como se o ativo sofresse uma oferta, fazendo com que os títulos sejam emitidos por um valor nominal abaixo do usual. Para entender o significado de deságio na prática, pense em um título de Tesouro IPCA, por exemplo.
Se houver a necessidade de venda antes do prazo do vencimento, você provavelmente venderá o ativo por um valor diferente do final – que provavelmente será mais baixo. Do contrário, seria um ágio.
Diferença entre deságio x ágio
As oscilações do mercado se dividem entre ágio e deságio, e compreender a diferença entre elas é bastante simples. Enquanto o tema deste texto trata do desconto, isto é, o valor reduzido, o ágio é um acréscimo – representando a alta do valor nominal.
Quando uma ação está em alta, ela pode representar tanto um risco como um ganho. O ágio, muitas vezes, indica que tal ativo está supervalorizado em virtude do grande número de investidores apostando na ação. O contrário sinaliza uma desvalorização, mas que pode ser uma boa oportunidade de compra.
Como calcular o deságio?
Para saber como calcular deságio, é preciso analisar a diferença entre o valor de mercado e o valor nominal de um ativo de mercado. Por isso, as casas de análise trabalham com relatórios frequentes para estabelecer quando é um bom momento para comprar determinada ação.
Os analistas se utilizam de uma fórmula para encontrar o denominador comum entre os valores, por meio da seguinte equação:
VF = P / (1+taxa) (prazo / período da taxa)
VF: Valor presente do recebível (líquido);
P: Valor de face;
Taxa: juros recebidos ao mês ou ao ano,
Período da taxa: quantidade de dias em que a taxa é expressa.
Para que você compreenda isso na prática, vamos a um exemplo utilizando o mercado imobiliário. Se você decidir comprar uma casa anunciada pelo valor de R$ 500 mil, e o corretor de imóveis sugerir, por meio de uma avaliação, que ela vale R$ 700 mil, você estará se beneficiando de um deságio de 200 mil no preço final.