Você já deve ter se deparado com alguma notícia envolvendo o Banco Central e as taxas do depósito compulsório que são impostas aos bancos. Essa é uma das formas que o governo encontrou para garantir o poder de compra da moeda brasileira com o objetivo de incentivar a economia.
Mas, afinal, se são regras definidas para as instituições bancárias, no que isso afeta o seu dinheiro? Se você tem aplicações no banco, parte do dinheiro pode ficar retido como forma de segurança. E é por isso que você deve ficar atento às regras de funcionamento da taxa de depósito compulsório.
Quer saber por que o depósito compulsório afeta os seus investimentos e como ele funciona na prática? Confira o texto a seguir que preparamos com todas as respostas necessárias para sanar suas dúvidas.
O que é o depósito compulsório?
Para entender o que é depósito compulsório, precisamos primeiro entender como funciona a logística de um banco. Basicamente, o objetivo das instituições financeiras é obter retorno financeiro sobre quem tem dinheiro e quem não o tem.
Como assim? Os bancos recebem depósitos de uns e repassam — com juros — para outros. Assim, formam uma reserva que reúne o saldo dos clientes e de si próprios. O depósito compulsório é uma prática de política monetária imposta pelo Banco Central para justamente reter parte do dinheiro por intermédio dos bancos.
Mas como isso afeta o seu dinheiro? É simples: o compulsório bancário garante que seu dinheiro investido fique guardado em segurança, para que não haja um caso de confisco. Por regra, os valores são mantidos em aplicações de menor risco, como os títulos públicos.
Como funciona o depósito compulsório?
Tudo começa com uma transferência ou depósito de determinado valor, por parte do cliente, para o banco. Assim que a instituição recebe o montante, parte desse dinheiro é repassado para o Banco Central como depósito compulsório.
Não se preocupe porque o dinheiro continua sendo seu. O que acontece é que o valor fica “bloqueado” e deixa de ser utilizado pela instituição financeira para realizar outras operações.
A captação dos recursos acontece por causa dos depósitos dos correntistas ou na caderneta de poupança, e ainda pode ser retirada de investimentos como os CDBs. Dessa forma, a instituição bancária forma uma reserva financeira para conceder empréstimos e outros produtos a juros menores.
Para que serve o depósito compulsório?
O método de depósito compulsório é geralmente utilizado pelo Banco Central em tempos de crise, com o objetivo de injetar mais dinheiro na economia e, assim, aumentar a circulação da moeda no país.
Colocar mais dinheiro em circulação é uma forma de aliviar os momentos de instabilidade, afinal, isso permite aos bancos oferecerem mais crédito para empresas e cidadãos endividados.
Como você já deve ter percebido, o depósito compulsório serve para gerar uma reserva de dinheiro adicional aos bancos e pode ser utilizada conforme a decisão do Banco Central (Bacen) em um momento específico.
Qual o valor da taxa no Brasil?
É preciso entender ainda qual o percentual do depósito compulsório atual, afinal, as taxas variam de governo para governo e vivem em constante alteração. Eles regulamentam diferentes modalidades, e cada tipo possui sua própria regra de alíquota de recolhimento:
- Depósito à vista: 21%;
- Depósito a prazo: 31%;
- Depósito de poupança: 20%;
- Garantias realizadas: 45%;
- Direcionamento de poupança: 65%,
- Direcionamento de microfinanças: 2%.
Portanto, ao se perguntar qual o valor do depósito compulsório no Brasil, lembre-se dos valores percentuais acima. Há, ainda, outras modalidades de recolhimento compulsório aplicadas pelo Banco Central, que podem entrar em ação conforme a política monetária adotada pelo governo vigente.
O dinheiro recolhido pelo Bacen se torna uma espécie de reserva: ela será utilizada pelos bancos comerciais para suprir suas despesas e, consequentemente, a medida fará com que as taxas de juros aumentem em caso de utilização.
Por fim, o Bacen utiliza a estratégia do depósito compulsório para exercer maior influência na economia do país. A tática permite diminuir os percentuais obrigatórios, oferecendo aos bancos a chance de emprestar mais dinheiro e estimular a economia.
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