O verão está se aproximando e com ele as altas temperaturas e vendas de ar condicionado. Por isso, a Melhortaxa fez um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre o aparelho mais desejado na época mais quente do ano.

Como funciona o ar condicionado?

Uma ventoinha suga o ar ambiente que, imediatamente, passa por um conjunto de tubos (serpentinas) preenchidos com uma substância líquida formada por uma mistura de cloro, flúor e carbono, chamada R-22. Ao absorver o calor desse ar em temperatura ambiente, o R-22 muda de estado e vira um gás. Assim que a mudança ocorre, esse gás entra em um compressor elétrico e, sob pressão, chega à temperatura de 52º C. Atingindo a temperatura máxima, o gás é direcionado à parte externa do aparelho e, ao se resfriar, passa a ser líquido novamente. Esse ciclo retira a umidade do ambiente e devolve o ar, antes em temperatura ambiente, frio. Ou seja, a sensação de frio decorre do ressecamento do ar. Inclusive, se uma pessoa suada entrar em um espaço com ar condicionado, o suor rapidamente evaporará.

Qual a melhor temperatura para se deixar o ar-condicionado?

O ideal é que a diferença de temperatura entre o ambiente interno e o externo seja de, no máximo, 8ºC.

Qual o melhor tipo de ar condicionado?

Existem dois tipos de aparelho de ar-condicionado. O split e o compacto (também conhecido como "ar-condicionado de janela"). Ambos têm seus pontos fortes e fracos:

– Split: O nome já faz referência à sua função. "Split", em inglês, significa separado. Nesse tipo de ar-condicionado, uma parte fica na área externa e outra na área interna. A condensadora é a mais barulhenta e espaçosa, por isso fica do lado de fora do ambiente. Em comparação com o ar-condicionado compacto, a instalação é mais complexa e o valor do aparelho mais alto.

– Compacto: Esse tipo de aparelho apresenta a mesma estrutura para todo o sistema de refrigeração. Por conta disso, é comum que as pessoas se queixem do ruído. Embora seja consideravelmente mais barato que o modelo Split, o consumo de energia do Compacto chega a ser até 40% maior que do Split.

O ar-condicionado faz mal à saúde?

Um problema comum a todos os aparelhos de ar-condicionado é que, durante o processo de resfriamento do ar, o aparelho elimina as micro gotículas de água presentes no ambiente. Ou seja, o ambiente tem uma defasagem na umidade relativa do ar e isso pode ser prejudicial ao aparelho respiratório. Por isso, nos dias muito quentes, quando for impossível ficar sem o aparelho, o ideal é que as pessoas consumam uma quantidade maior de água para compensar essa perda de umidade.

Como higienizar o ar condicionado?

Embora muitas pessoas acreditem que limpar uma vez por semestre seja suficiente, não é. O ideal é que a tela seja retirada e limpa em água corrente uma vez por mês. Ainda assim, essa higienização não substitui a limpeza completa que deve ser feita pela empresa responsável pelo aparelho anualmente, após a desinstalação do equipamento. Vale lembrar que a saúde é tão importante quanto o conforto térmico. Hoje em dia, é possível encontrar filtros bactericidas para utilizar nos aparelhos de ar-condicionado.

Quanto tempo dura o gás do ar condicionado?

O gás utilizado em geladeira, freezer e aparelhos de ar-condicionado é o mesmo. Esse gás, o hidroclorofluorcarbono, sofre transformações físicas, mas não se perde tanto em quantidade quanto qualidade. Ou seja, o gás, se utilizado de maneira adequada, nunca acaba.

Quando devo trocar o ar condicionado?

O tempo útil dos aparelhos de ar-condicionado depende exclusivamente do manuseio do mesmo. Caso o eletrodoméstico seja constantemente higienizado, passe por manutenção especializada ao menos duas vezes por ano e seja utilizado da maneira correta, pode durar toda uma vida.

O ar condicionado faz mal ao meio ambiente?

Não, mas o gás utilizado tanto no ar condicionado quanto em outros eletrodomésticos é composto por substâncias que são prejudiciais à camada de ozônio. Uma medida do Protocolo de Montreal promete eliminar do mercado as substâncias gasosas R22 e R141b. Ambas são utilizadas em larga escala como fluído refrigerante. No Brasil, o Governo formulou o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (hidroclorofluorcarbonos). Segundo o cronograma do programa, em 2015, haverá queda de 10% do consumo desses gases. A eliminação completa desses gases, no mercado, é esperada para ocorrer em 2040. Algumas empresas já estimulam a substituição dos gases convencionais pelo R410-A, também conhecido como "gás ecológico", que não emite CFC (clorofluorcarbono).