Ao comprar um imóvel a prazo, o consumidor já pode definir algumas condições de pagamento. Aspectos como prazo, taxa de juros de financiamento e modo de amortização, por exemplo, são negociados no momento da contratação. Porém, há fatores que podem modificar o cálculo do financiamento ao longo do tempo.

Por esse motivo, alguns compradores se surpreendem quando chega uma parcela mais cara do que a anterior. Óbvio que esse reajuste não é repentino, apesar de muitos pensarem assim. Portanto, é importante entender melhor esse assunto antes mesmo de financiar um imóvel.

Influência dos juros

Quando os juros aumentam, as prestações dos financiamentos também seguem esse ritmo, independentemente do tipo de amortização. Isso ocorre porque essa taxa influencia a Taxa Referencial (TR), que é considerada para os parcelamentos nas modalidades SAC e Tabela Price.

Atualmente, a TR é praticamente nula e, portanto, não interfere no cálculo do financiamento. Porém, se isso um dia mudar, então, as parcelas aumentarão um pouco.

Seguros obrigatórios

Há outro fator que também pode influenciar bastante no valor dos financiamentos: os seguros. Nesse tipo de crédito, já há dois seguros incluídos, o MIP (Morte ou Invalidez Permanente) e o DFI (Danos Físicos ao Imóvel).

Quando o comprador muda de faixa etária, o MIP sofre um reajuste. Para entender melhor, basta pensar no que acontece com os planos de saúde. Os mais jovens pagam mais barato do que os mais velhos.

A faixa de idade é determinada pelas seguradoras. Em algumas, essa mudança ocorre a cada cinco anos e, em outras, a cada dez. Portanto, mesmo quando as prestações são decrescentes, pode haver um “degrau” quando a parcela é reajustada em decorrência do seguro.

Também é importante destacar que quanto mais velha for a faixa etária, mais cara ela é. Ou seja, até determinada idade, a variação é muito pequena. Porém, a partir dos 50 anos, a mudança de faixa pode representar um aumento de 50% em média na parcela do seguro que compõe o financiamento.

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Como fazer a simulação de financiamento

Embora não seja possível prever completamente como estará o cenário econômico daqui alguns anos, você pode escolher as melhores oportunidades para o seu financiamento. Na Melhortaxa, o cliente tem à disposição um simulador de financiamento que ajuda a prever as condições de crédito.

Para usar essas calculadoras é muito simples. Basta que o comprador preencha alguns campos como valor do imóvel, valor do financiamento (isto é, o preço do imóvel menos a entrada) e o prazo em que se deseja pagar.

Além disso, você também pode preencher o nosso formulário para receber as propostas mais adequadas por e-mail. O preenchimento leva pouco minutos e evita inúmeras horas de procura pelo crédito mais em conta.

O que fazer se o financiamento não couber no orçamento

Há situações em que, na hora de fazer a simulação, o comprador percebe que o financiamento não cabe no orçamento. Isso é mais comum do que se imagina, mas muito menos desesperador.

Nesses casos, é importante que a pessoa observe as reais condições que tem para pagar esse crédito. Os bancos exigem que a parcela comprometa no máximo 30% do valor da renda.

Portanto, se o indivíduo tem um rendimento familiar mensal de R$ 6 mil, ele não poderá ter uma dívida de R$ 3 mil todos os meses. Se isso fosse possível e ele passasse por algum imprevisto, as chances de se endividar seriam altas. Por isso, a comprovação de renda é tão importante — para proteger o credor, mas também o consumidor.

Muitas vezes, esperar um pouco para dar uma entrada maior já ajuda a obter o financiamento. Vale notar que quanto maior for o valor dado no começo, menor será o montante financiado, assim como menores serão os juros e as parcelas. Nesse sentido, é importante considerar fazer um planejamento financeiro antes de solicitar o crédito.

Também é válido considerar adquirir um imóvel mais barato do que se deseja, mas que cabe no orçamento. Gostou de um apartamento que vale R$ 600 mil? Talvez seja mais interessante comprar um de R$ 400 mil agora e se planejar para trocá-lo futuramente.

Conclusão

Como visto, há fatores que podem interferir no cálculo de financiamento, mesmo depois da contratação. Na verdade, eles se referem às condições já acordadas no contrato e que sofrem alterações (naturais) com o tempo.

Ao entender melhor como o cálculo de financiamento funciona, o consumidor está apto a identificar as alterações e questionar a instituição, se for necessário. Viu alguma mudança que não está prevista no contrato? Não hesite em entrar em contato com o credor para esclarecer. Para quem ainda está pensando em fazer um financiamento, simule já as condições na Melhortaxa!