Cimento, cal e tijolo são apenas uma parte da lista de materiais utilizados em uma construção ou reforma. Mas o trio é fundamental em qualquer tipo de obra, sem esses itens, não há construção. Entenda um pouco melhor sobre as funções e especificações de cada um deles, para que esteja melhor preparado na hora da compra. 

No geral, vale a regra básica – porém de ouro – de escolher uma loja de confiança, na qual você mesmo já tenha comprado antes ou que tenha boas recomendações. O conhecimento do vendedor também é de grande ajuda, sobretudo na hora de avaliar as qualidades técnicas do material e recomendar essa ou aquela marca. Mesmo assim, é importante entender as características de cada um deles e ter em mente algumas dicas que ajudam a escolher qual tipo de material é mais indicado para a sua obra.

Argamassa – Começando pela parte mais “bruta” da obra, temos cimento, cal e areia, que formam a argamassa. A argamassa é utilizada para unir tijolos, blocos, pisos e revestimentos, além de regularizar, impermeabilizar, e dar acabamento às superfícies, protegendo a construção de fatores como umidade e auxiliando no isolamento térmico e acústico.

No caso da compra da argamassa pronta existem dois tipos básicos: a Tipo 1, para uso em revestimento de áreas internas, e a Tipo 2, para uso externo. As tipo 3 e 3-Especial não são utilizadas com tanta frequência, e sua aplicação é feita, respectivamente, em fachadas, saunas e piscinas, e em fachadas que recebem muito sol.

No caso da compra separadas dos ingredientes da argamassa, cimento, cal e areia também se apresentam em tipos diferentes, cada um indicado para uma área da construção. No caso do cimento, é fundamental prestar atenção à sua data de validade, que não pode ser superior a três meses, e à presença de certificados de qualidade, como o Selo de Qualidade da ABCP e a fabricação dentro dos padrões da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Os tipos mais utilizados são o Portland Comum, que é puro e usado em construções simples e o Portland Composto, para a construção de fossas, pisos, lajes e pilares. Fundações, barragens, pilares e áreas de contato com água e esgoto exigem outras qualidades de cimento.

O segundo elemento da argamassa, a cal, vem em dois tipos básicos. A cal virgem comum, embora tenha qualidade, exige que a massa feita com areia e água aguarde 72 horas para receber o cimento, período chamado de hidratação da cal. Já a cal virgem especial têm qualidade e preço mais elevados, e a cal hidratada, dividida em três subcategorias, é mais prática na sua utilização, já que passou pelo processo de hidratação durante a fabricação.

Enquanto isso, a areia é categorizada de acordo com o tamanho dos seus grãos, a medida chamada de granulometria. A areia com grãos de diâmetro entre 2 e 4 milímetros é considerada grossa, e mais utilizada para argamassa de assentamento de tijolos. A areia média é aquela com grãos de diâmetro entre 0;42 a 2 mm, e é indicada para argamassas finas e chapisco. Existe ainda a areia fina, com grãos de diâmetro 0,05 a 0,42 mm.

Tijolos – Já os tijolos são divididos de acordo com características como facilidade de aplicação, qualidade e conforto proporcionados aos moradores da casa. Os mais comuns são de cerâmica e concreto, disponíveis com uma série de variações entre si.

Tijolos de cerâmica oferecem bom custo-benefício, e são facilmente encontrados em formatos como o tijolo 45º, tijolo meia lua, tijolo bico de pato e o mais popular deles, o tijolo baiano. Esse tipo tem ranhuras e furos que o deixam mais leve e facilitam a aplicação de argamassa.

Os tijolos de concreto, por sua vez, são mais pesados e oferecem um isolamento acústico superior, além de levar menos argamassa e menos tempo para ser assentado. Apesar disso, o isolamento térmico proporcionado é inferior ao tijolo de cerâmica.

Na escolha dos tijolos o preço é uma variável importante, já que aqui a expressão “o barato pode sair caro” muitas vezes se confirma. Segundo especialistas, é comum a perda de material com tijolos baratos, e, consequentemente, o custo total da obra aumenta devido à necessidade de se repor o material desperdiçado.