Sabe aquele acréscimo no contrato de financiamento ou empréstimo pessoal que causa diversas dúvidas na hora de acertar todas as pendências e ter acesso àquela renda extra? Então, esses são os juros compostos.

Os juros compostos são usados como um modo de compensação pelo “risco” de inadimplência que a instituição financeira está correndo ao emprestar o dinheiro. Por isso, no final das contas, o valor que você pagará de volta será maior, e o cálculo será diferente.

A fórmula dos juros compostos, também utilizados como um tipo de remuneração, dá lucro ao credor durante o tempo do empréstimo. Para saber mais, confira as informações a seguir.

O que significam os juros compostos?

Afinal, o que são juros compostos? De maneira simples, eles são definidos como a aplicação de juros sobre juros. Isso quer dizer que um percentual vai incidir sobre outro.

Para ficar mais simples, veja este exemplo. Imagine que você tem uma dívida atrasada. Sobre a parcela de um mês incide uma taxa de juros e, no mês seguinte, incidem mais juros sobre a parcela do mês anterior, sobre a qual os juros já foram calculados. 

Juros simples vs. juros compostos

Muito associados, juros simples e compostos são duas incidências presentes na educação financeira, mas enquanto o primeiro é usado mais para investimentos, como a poupança tradicional, o segundo é focado nas linhas de crédito.

Isso significa que os juros simples não incidem sobre eles mesmos. Por exemplo, se você investir R$ 50, com juros fixos de 3% a cada mês, e resgatar depois de cinco meses, você teria R$ 57,50 em mãos. Isso não acontece com os juros compostos.

Qual é a função deles?

Em geral, os juros compostos são usados em empréstimos e financiamentos, como um meio de corrigir a inflação atual, ou seja, as variações dos preços dos produtos do mercado nacional.

Porém, existem algumas modalidades de aplicações que utilizam a tabela financeira de juros compostos para fazer o cálculo de rendimentos. Como a incidência é de juros sobre juros, a rentabilidade para a carteira de ativos costuma ser alta, sendo uma ótima opção para contratar. 

Como o cálculo dos juros compostos é feito? 

Existem diversas formas para que você consiga chegar até o resultado final do seu empréstimo. Você pode procurar uma calculadora na internet ou tentar colocar tudo no papel. Conhecer a fórmula dos juros compostos ajuda muito na hora de fazer essa conta:

M = C(1+i)t

M é o montante, o valor total que será pago com a incidência de juros; C é o capital, nesse caso, o valor emprestado; i é a taxa de juros; e t é o tempo.

Imagine que você pega R$ 10.000 emprestados em uma instituição financeira, com uma taxa de juros de 12% ao ano, e vai pagar esse empréstimo em três anos. Vamos descobrir o quanto você vai desembolsar no final desse período. Considere que 12% = 0,12.

M = 10.000 (1 + 0,12)3

M = 10.000 x 1,4049 ⇒ M = R$ 14.049

Ou seja, em três anos, você pagará R$ 4.049,99 em juros. Caso decida quitar em dois anos, o valor muda. No total, o montante ficará em R$ 12.544, ou seja, R$ 2.544 serão referentes a juros.

Cuidado com os juros compostos

Nessa conta, o fator tempo é crucial. Quanto mais tempo você leva para saldar a dívida, maior ela fica. Nos exemplos acima, há, além dos juros, as taxas que o banco cobra e demais tributos sobre operações financeiras. Esses valores variam de acordo com o banco.

Os juros compostos são o terror de quem tem dívidas, especialmente no cheque especial e no cartão de crédito, pois eles fazem a dívida se multiplicar astronomicamente de um mês para o outro. Isso complica bastante o orçamento mensal daqueles que estouraram a fatura, por exemplo.