Embora seja pouco discutido entre a população, o Plano Diretor Estratégico (PDE) estabelece as diretrizes de crescimento da cidade de São Paulo pelos próximos 16 anos. No último mês houve a revisão do Plano e sua atualização prevê entre outros pontos: 

– prédios com mais moradores em áreas próximas a estações de trem, metrô e corredores de ônibus

– prédios com altura limitada a 8 andares no miolo dos bairros

– limite de 1 vaga por apartamento em garagens de prédios próximos aos corredores urbanos 

– número mínimo de unidades de apartamentos por terreno e cota máxima de terreno por unidade, isso significa que os apartamentos em geral terão menor porte

– fora das áreas próximas aos corredores urbanos, toda a cidade deverá respeitar um gabarito de altura máxima, bem abaixo das edificações hoje produzidas na cidade como um todo

Serão necessários diversos ajustes para que o mercado se adapte às novas regras construtivas impostos pelo Plano Diretor. Essas medidas podem levar a um aumento nos preços dos terrenos nos eixos de transporte, provocando também um aumento no valor dos empreendimentos. Segundo o Secovi-SP, é estimado que os preços subam até 5% devido ao encarecimento da Outorga Onerosa – valor pago pela empresa para construir prédios acima do limite permitido. 

Com a alta de preços na capital paulista e as regras de construção do novo Plano Diretor do município, as oportunidades de bons negócios podem migrar para a Grande São Paulo. Entidades do setor avaliam que as regras do Plano Diretor mudarão a forma como o mercado planeja lançamentos e, assim, as cidades vizinhas receberiam empreendimentos que podem ficar inviáveis em São Paulo. 

O mercado estima que a maioria dos empreendimentos lançados até 2016 ainda siga as regras de construção de antes do Plano Diretor, portanto é interessante que o candidato à compra de um imóvel leve todos esses pontos em consideração para decidir qual o melhor momento para realizar a aquisição.