Um dos caminhos mais usados pelos brasileiros para adquirir a casa própria é o financiamento, no qual se comprometem a pagar parcelas que podem durar até 30 anos em troca de obter um imóvel. Mas o que acontece quando as parcelas acumulam, formando uma dívida imobiliária?

Além de correr o risco de perder a casa, você fica com o nome sujo, registrado nos órgãos de proteção ao crédito como o SPC e o Serasa. Porém, fique tranquilo, já que existem soluções para se ver livre do endividamento e ainda aproveitar o imóvel. Veja a seguir, 4 dicas para começar a pôr em prática.

1. Usar o FGTS 

Se você é um trabalhador com carteira assinada, uma das soluções para quitar a dívida de financiamento imobiliário é usar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Com esse dinheiro extra, você consegue amortizar até 12 prestações ou 80% das parcelas em atraso. Tudo depende do saldo devedor e do fundo.

Assim como aconteceu em 2020, em 2021, o governo planeja o saque emergencial do FGTS, seguindo as mesmas regras do ano anterior e com o limite de R$ 1.100 — valor do salário mínimo atual. Desta forma, há uma oportunidade única de livrar-se da dívida imobiliária, além de organizar a sua saúde financeira.

Quando posso usar?

Independentemente de se você comprou a sua casa pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) ou por um programa governamental, como o “Minha Casa Minha Vida”, você pode usar o fundo de dois em dois anos para amortizar a dívida.

Porém, vale lembrar que, se o contrato de financiamento possuir um coobrigado — cônjuge, filhos, pais e entre outros —, você pode evitar essa espera e utilizar o saldo do FGTS de terceiros.

2. Renegociar a dívida ou parcelas

Outra opção, caso você perceba que as parcelas estão pesadas no seu orçamento, é solicitar uma negociação do seu contrato. Com ela, você pode conseguir parcelas de juros melhores e até um aumento do número de prestações.

Se esse for o seu caso, o primeiro passo para regularizar o crédito imobiliário é entrar em contato com a instituição financeira à qual você solicitou o financiamento. Assim que eles tiverem os seus dados em mãos, irão analisar o seu perfil e indicar as melhores condições que podem oferecer.

Agora, se você não conseguir condições de contrato melhores para amortizar a dívida imobiliária e tiver um veículo no seu nome, outra opção é contratar um refinanciamento. Ao colocar o seu carro como garantia, você pode conseguir o dinheiro que estava precisando, regularizando a sua vida financeira.

3. Transferir a dívida

Posso transferir a dívida de financiamento imobiliário?”. Sim, mas, para isso, você precisará entrar em acordo tanto com a instituição financeira como com a pessoa para quem irá transferir a posse do imóvel.

Isso quer dizer que você deverá especificar os termos do acordo, como se a sua família continuará morando na casa ou se você se responsabiliza em pagar as parcelas por fora, por exemplo. Lembre-se de que todas as decisões devem ser oficializadas legalmente e, para isso, evite o contrato de gaveta.

Apesar de ser muito usado em transferências de dívida imobiliária entre membros da mesma família, esse documento não tem validade legal. Por isso, se tiver algum problema, você não poderá acionar a justiça. Assim, a dica é contar com a ajuda de um advogado para te orientar.

4. Recorrer à portabilidade de financiamento

A portabilidade de crédito imobiliário também é uma solução. Mas como ela funciona? Esse processo acontece pela compra da dívida de uma instituição financeira para outra, ou seja, quando você encontra condições mais vantajosas no “banco X” e quer transferir o seu crédito para ele.

Mas, antes de tomar uma decisão definitiva, saiba que você pode contar com a Melhortaxa para te assessorar. Aqui você encontra profissionais especializados em encontrar as melhores condições de portabilidade para as suas necessidades. Venha conhecer!