A elaboração do Parecer Técnico de Avaliação Mercadológica é de competência do corretor pessoa física, regularmente inscrito no Creci de sua região, com validade no Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários. Para isso, o profissional precisa ter, ainda, diploma de curso superior em gestão imobiliária ou equivalente ou certificado de conclusão de curso em avaliação imobiliária.

Identificação e caracterização do imóvel, indicação da metodologia utilizada, valor resultante e sua data de referência são alguns dos requisitos exigidos no parecer, conforme Resolução Confeci nº 957/06. Com relação à descrição do imóvel, é preciso apresentar, no mínimo, as medidas de sua área, localização, descrição das benfeitorias – se houver –, aproveitamento econômico e contextualização do imóvel na vizinhança, com infraestrutura disponível.

Por todas as questões envolvidas, é permitido ao corretor cobrar pela avaliação, como informa o presidente do Creci-Minas, Paulo Tavares. Mas, segundo ele, a prática do mercado é a avaliação gratuita, desde que o imóvel fique na empresa para ser comercializado, porque o importante para o corretor é a venda em si. “Porém, se o proprietário optar por não trabalhar com a imobiliária, esta normalmente cobra pelo serviço que foi prestado. O preço depende do imóvel.”

Corretores capacitados evitam prejuízo e podem agilizar vendas. Para garantir a avaliação segura, é importante contar com profissionais sérios e idôneos. As empresas, geralmente, investem na capacitação de seu pessoal. “Tornando seus parceiros aptos a prestar um serviço de confiabilidade e qualidade”, observa Adriano Sampaio.

O presidente do Creci-Minas reconhece que é melhor o consumidor contar com empresas sérias para fazer a avaliação, para não correr o risco de tomar prejuízo ou não conseguir o objetivo final, que é a venda. “São empresas atualizadas com a realidade do momento, com profissionais preparados e constantemente atualizados”, diz Paulo.

A designação de profissionais treinados e qualificados exclusivamente para a função de avaliar os imóveis foi destacada pelo diretor do Grupo GR como diferencial em favor das imobiliárias. “O consumidor que não procura empresas sérias para fazer essa avaliação perde tempo na venda do imóvel e tem avaliações abaixo ou acima do mercado”, alerta Geraldo Vargas.

Para evitar que isso ocorra, o empresário sugere pesquisar mais de uma imobiliária. “Procure, no mínimo, três avaliações de empresas da região, para que faça uma comparação, levando em conta a média dos valores apurados”, completa o diretor do Grupo GR.

Mas o risco que corre quem não procura assessoria profissional séria para avaliar um imóvel não é simplesmente o de vendê-lo abaixo do preço de mercado, conforme alerta Adriano. Principalmente no caso de quem necessita de uma venda rápida para pagamento de compromissos assumidos ou quer fazer algum investimento. “O profissional pode avaliar o imóvel num valor muito alto só para agradar ao cliente e, assim, conseguir levá-lo para ser comercializado. No entanto, esse imóvel poderá ficar parado meses sem nem mesmo ter visitas, acarretando grandes perdas financeiras e frustrações.”

REALIDADE 
De qualquer forma, o diretor da Mirian Dayrell Imóveis argumenta que as dificuldades para comercializar um imóvel com preços não condizentes com a realidade de mercado são muitas. “Pois o comprador está muito atento e procura bastante. Nessa busca pelo imóvel de seu sonho ele ganha um grande poder de comparação e fica bem informado sobre preços.”

Segundo Adriano, um imóvel que teve uma superavaliação passa a não receber visitas, já que os corretores começam a boicotá-lo, devido à diferença de preço. “Ninguém pode perder tempo, nem o corretor nem o cliente, e o imóvel acaba ficando rotulado de caro e esquecido.”

Fonte: Estado de Minas