Litoral possui 24 ilhas particulares; pelo menos quatro estão à venda.'Pessoas que se interessam por uma ilha são exclusivas'. Nenhum vizinho para incomodar, muito sossego e privacidade. Com essas exigências, o mercado imobiliário de luxo oferece a venda de ilhas em Santa Catarina. Conforme mostrou o Estúdio Santa Catarina, pelo menos quatro estão sendo comercializadas no estado. Os preços variam entre R$ 6 milhões e R$ 12 milhões.

Uma delas fica na Baía dos Golfinhos, na cidade de Governador Celso Ramos, a cerca de 30 km de Florianópolis. Para chegar ao local é preciso percorrer um caminho de barco por cerca de 5 minutos. A Ilha dos Magalhães é cercada por pedras e diversas espécies de Mata Atlântica podem ser encontradas. Uma casa também foi construída e o quintal dá acesso a uma praia de conchinhas com água cristalina. O preço é de R$ 6 milhões.

"As pessoas que se interessam por uma ilha são exclusivas, gostam de um paraíso diferente, de um lugar só seu, pertinho do continente. A ilha tem água encanada, energia elétrica, geradores e toda estrutura para a pessoa habitar nela", afirma Fernando Antonio Speiorin, corretor responsável pela venda do local.

R$ 12 milhões
A Ilha do Papagaio Grande, na Praia do Sonho, em Palhoça, está à venda por R$ 12 milhões. É possível chegar ao local caminhando, por um trecho de areia que a liga ao continente e que aparece quando a maré está baixa. A ilha tem mais de 120 mil metros quadrados de área verde, com praia e casa pronta.

Segundo o consultor de vendas Germano Buch, a localidade permite o ramo de hotelaria e hospedagem. "Pousadas, resorts são muito bem vindos nesta região, a exemplo de outros que existem aqui. Há também pessoas interessadas em fazer um condomínio de casa, um condomínio fechado. Esse é o público que vem buscando a Ilha do Papagaio", explicou.

24 ilhas particulares
No Litoral catarinense, há 24 ilhas particulares como a Ilha de Magalhães. Todas são de famílias que tomaram posse antes da Constituição de 1988. Desde então, áreas desse tipo passaram a fazer parte do patrimônio do país. Era possível apenas ter o direito de ocupação delas, mas, há oito anos, isso também mudou.

"As ilhas que estão vagas, onde não tem nenhuma edificação, hoje não podem mais ser ocupadas, porque a nossa legislação não permite. Desde abril de 2006, quem ocupou tem um reconhecimento nesse direito de ocupação, que é passível de ser regularizado. Edificações após essa data já não podem mais ser reconhecidas perante o patrimônio da união", explica a secretária de Patrimônio da União, Tereza Cristina Alves.

Por enquanto, até que a União não manifeste interesse em ter a posse permanente, as famílias que ganharam o privilégio no passado ainda podem usufruir ou vender as ilhas.
É o caso da Ilha dos Magalhães e também da Ilha do Papagaio Grande.

Fonte: IG/SC