A habitação no Brasil é tema diário na economia. As decisões e ações para o desenvolvimento do setor imobiliário impactam na qualidade de vida das pessoas e do país. Desde o século passado, a moradia ganhou sua importância com o surgimento do Banco Nacional de Habitação (BNH) para promover à população de baixa e média renda o acesso à casa própria. Entretanto, o BNH acabou sendo extinto com a propagação da crise econômica da década de 70, por motivos diversos: inflação, desemprego, salários reduzidos e alta inadimplência. Esses fatores e outros, como a falta de política pública para o setor, a migração de nortistas e nordestinos para as capitais e a expectativa frustrada da população, resultaram numa urbanização desordenada com o surgimento de favelas nos grandes centros.

No período entre 1986 e 2002, pouco se fez para resolver a moradia para as classes mais empobrecidas. O silêncio foi total. No entanto, o setor privado mexeu-se e buscou alternativas habitacionais à população com poder aquisitivo mais elevado.  A partir de 2004, o Governo Federal finalmente voltou a protagonizar as politicas habitacionais lançando a Política Nacional de Habitação, cujos Programas dos Sistema de Habitação de Interesse Social eram voltadas para a população mais desprovida já instalada em favelas, áreas de risco, etc. As outras classes sociais continuaram adquirindo seus imóveis através dos bancos públicos. Mas os agentes financeiros privados eram os maiores responsáveis pelo atendimento aos habitantes com renda mais elevada ao lado de construtoras e incorporadoras.  No decorrer dos anos, a moradia popular também entrou na pauta da iniciativa privada, sob as diretrizes do governo. As normas estabelecidas definiram a utilização dos depósitos da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para subsidiar políticas habitacionais.

Quando ocorreu a crise econômica em 2008, nos Estados Unidos, muitos especialistas alertaram sobre a bolha imobiliária americana atingir o Brasil, mas o cenário da construção civil pouco alterou-se nesse período. Apesar dos cuidados tomados, o lançamento do Programa Minha Casa Minha Vida manteve-se ativo.

Apesar de um histórico um pouco conturbado, chegamos a uma demanda habitacional de 9.297.214 unidades, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), de 2009. Dos 58,6 milhões de imóveis em 2009, 43,1 milhões eram próprios. O déficit imobiliário ainda é relevante e as condições de moradia ainda são bem desfavoráveis – mais de 42,9% de residências no país ainda não tratam esgoto, segundo o PNAD de 2012.

Certamente, temos muito a fazer. O setor imobiliário necessita avançar mais em direção à automatização dos seus processos para assegurar ao mercado, como aos compradores, transparência e agilidade. Identificamos vácuos em etapas que poderiam ser melhoradas. A tecnologia e inteligência para fazer a gestão da comercialização de um empreendimento – da pesquisa de potencial de negócio, a decisão das ações de comunicação e marketing nos plantões de venda, até o desligamento (financiamento pelos bancos) dos compradores –  são o caminho para a inovação. Dar rapidez às atividades de cada player dessa transação é extremamente urgente.

Isso tudo é possível com pesquisas de potencial de mercado, utilização da biometria para organização e acompanhamento de tudo o que se passa no plantão de vendas, softwares desenvolvidos exclusivamente para  vendas de unidades, plataformas que permitem o comprador encontrar o financiamento seguro, meeting técnico para garantir excelência de atendimento nas vendas do empreendimento, programa de fidelidade exclusivo para o setor imobiliário  e monitoramento digital da atuação dos corretores e da compra dos clientes. Automatizar de ponta a ponta o lançamento e a venda do empreendimento, com suporte técnico de especialistas, dá agilidade a todo o processo; isso significa evitar prejuízos à incorporadora e ao seu cliente.