Seja em compras no cartão de crédito até financiamentos imobiliários, a tentação de pagar pouco todo mês é muito grande. Para isso, no entanto, é preciso estender o período de financiamento.

Para quem não entende muito bem como financiar imóvel, pode até achar que o prazo longo é vantajoso. Mas nem sempre é! Entenda melhor como o tempo de pagamento pode interferir no financiamento!

Como o prazo impacta no financiamento

Ter um prazo longo até é uma alternativa válida, por diminuir o valor das parcelas de financiamento imobiliário. Porém, é importante que o consumidor analise o custo final da operação.

Há compradores que, realmente, precisam de um prazo maior para que a renda não seja comprometida com as prestações. Já outros podem escolher se querem financiar no médio ou longo prazo.

No que se refere ao impacto do prazo no custo total, especialistas indicam que irá depender da idade do interessado.

“De modo geral, quanto menos idade tiver o comprador, menor será o impacto na sua renda”, afirma Leonardo Bastos, coordenador do curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Newton Paiva, em Minas Gerais.

Em outros casos, pelo contrário, alongar a dívida em dois ou três anos faz mais diferença. Tanto financeiramente quanto para os planos de vida ou da família.

Para saber em que medida vale a pena entrar em um financiamento mais ou menos longo, é preciso entender como os bancos calculam o prazo. Além disso, é necessário estar atento às diferenças de valores finais da dívida com diferentes períodos de pagamento.

Juros, valor do imóvel e idade

Há diversas variáveis utilizadas pelos bancos na hora de avaliar as condições do crédito – e é em função delas que será estabelecido o prazo de financiamento de imóvel.

“Os agentes financeiros que atuam no financiamento imobiliário, usualmente, fixam a data em 360 meses em função das metodologias de financiamento utilizadas no Brasil, que são o SAC e o Price”, explica o professor.

Mas não significa que o consumidor deva pagar o financiamento em 360 meses. Se ele puder, pode optar por um prazo menor. Assim, se verá livre da dívida mais rapidamente, além de pagar menos juros sobre o empréstimo.

A renda comprovada do contratante é um agente limitador para o valor do imóvel. Sobretudo se ele não tiver um grande montante para a entrada. Se o rendimento for baixo, então, as parcelas também terão que ser, o que irá aumentar o prazo.

“Outra variável observada é a idade do cliente. Quanto maior a idade do contratante, maior a dificuldade de ele conseguir financiamento, pois o prazo de pagamento que aquela pessoa tem diminui”, diz Bastos. Os bancos utilizam a regra dos 80. Se a pessoa tem 60 anos, o prazo máximo é de 20 anos.

Juros sobre o tempo

Baseado nesses fatores e no sistema de amortização da dívida, os bancos chegam às propostas de financiamento imobiliário e seus diferentes prazos. Tudo isso está interligado, de modo que, quanto maior for o período, mais pesados serão os juros pagos. Desse modo, maior será o custo final da dívida, ao final do pagamento.

Em alguns casos, dependendo do valor do imóvel, juros, prazo e taxas adicionais cobradas pelo banco, a diferença final entre um financiamento em 20 anos e um de 30 pode chegar aos seis dígitos.

Também é preciso estar preparado para imprevistos que comprometam o pagamento das parcelas.

“Os riscos relacionados a financiamentos longos são aquelas intempéries que podem ocorrer na vida de qualquer um, como perda do emprego e aumento da família. Portanto, quando mais rápido se paga um imóvel financiado, melhor”, acredita.

Como escolher o prazo ideal

Para escolher o prazo ideal para financiar um imóvel, avalie as suas finanças, projetos de vida e utilize um simulador de financiamento.

Em geral, os jovens recém-casados e cuja carreira profissional ainda não se estabilizou, podem ter mais tranquilidade aderindo a um financiamento de prazo maior.

Já pessoas acima dos 35 anos, com filhos, e mais consolidados profissionalmente, podem achar melhor pagar parcelas maiores. Assim, elas se livram logo da dívida e diminuem os juros pagos.

Mas, mesmo quem entrou em um financiamento de imóveis de longo prazo, pode fazer com que essa dívida se torne menos onerosa com o tempo. Para fazer essa redução, é possível abater parte da dívida restante.

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