Uma dúvida recorrente entre grande parte dos trabalhadores diz respeito a como calcular o Fundo de Garantia, seja para fins de conferência, seja para complementação de valores para a realização de negócios. 

O benefício que tem a finalidade de proporcionar mais segurança aos trabalhadores em caso de demissão pode ser utilizado para o pagamento de entrada de financiamentos imobiliários.

Se você deseja entender melhor como essa opção funciona e aprender como calcular o saldo do FGTS corretamente, continue lendo este conteúdo exclusivo que preparamos sobre o tema.

O que é o FGTS?

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é direito do trabalhador CLT e está em vigor desde 1967. Ele foi criado pelo Governo Federal para proteger o funcionário que, por algum motivo, é desligado de uma empresa sem justa causa. 

O Fundo de Garantia é uma conta aberta pela empresa, no nome do funcionário, na Caixa Econômica Federal. Mensalmente, 8% do salário bruto são depositados nessa conta; para menores aprendizes, a porcentagem é de 2%. Há influência de fatores como:

  • adicionais do salário bruto (periculosidade, insalubridade, noturno e afins);
  • hora extra;
  • comissões e afins;
  • 13º salário;
  • férias;
  • aviso prévio;
  • salário-maternidade;
  • gratificações.

Outro detalhe importante é que a responsabilidade da porcentagem do FGTS sobre o salário é toda do empregador, que pode enfrentar consequências severas caso não faça o depósito. 

Quando o FGTS pode ser utilizado?

Atualmente, muito mais do que uma reserva de emergência do trabalhador, o Fundo de Garantia pode ser acessado nas mais diversas situações e com mais liberdade. Confira abaixo algumas das situações em que esse recurso pode ser usado: 

  • amortização de parcelas de consórcio imobiliário;
  • financiamento imobiliário (moradia própria);
  • doença grave ou terminal na família;
  • rescisão por acordo;
  • falecimento do empregado;
  • falência da empresa;
  • término de contrato trabalhista;
  • aposentadoria;
  • ao atingir 70 anos de idade;
  • desastres naturais;
  • depósito do FGTS pendente por três anos consecutivos.

Agora que você já entendeu melhor o que é o FGTS e em quais situações o trabalhador pode utilizá-lo, que tal aprender o passo a passo para realização do cálculo? 

Como calcular o Fundo de Garantia?

Calcular o Fundo de Garantia de forma independente pode até parecer complicado, contudo a conta é bem mais simples do que se imagina. Confira o exemplo abaixo: 

Se um indivíduo recebe um salário bruto de R$ 1.600, o valor do FGTS será de 8% desse salário mensalmente no seu fundo. Para tanto, basta fazer o cálculo: 

R$ 1.600 x 0,08 = R$ 128 

Ou seja, nesse caso, o trabalhador receberá mensalmente depósitos no valor de R$ 128. Independentemente do valor salarial, o depósito sempre será de 8% do salário bruto. 

calcular fundo de garantia

Outro detalhe importante que deve ser levado em conta é a atualização monetária. Isso, porque a conta do FGTS funciona como uma poupança, com uma taxa de 3% ao ano ou 0,25% ao mês, valores abaixo da inflação. Esses valores constam no extrato de FGTS como Juros e Atualização Monetária.

O último passo para saber finalmente o quanto você tem de FGTS é multiplicar esse valor mensal pela quantidade de meses trabalhados. Se usarmos o mesmo exemplo, veja abaixo como fica, considerando que essa pessoa trabalhou durante 7 meses: 

7 x R$ 128 = R$ 896

Como calcular o saldo do FGTS para fins rescisórios?

Assim como dito anteriormente, o trabalhador pode ter acesso aos recursos do FGTS também ao ser demitido, ou seja, ao ter seu contrato de trabalho rescindido. No caso de cálculo do FGTS para fins rescisórios, o cálculo é um pouco diferente. 

Além do valor de 8% sobre o salário bruto, o empregador deve pagar um Título Indenizatório, que corresponde a 40% sobre o valor de todos os depósitos realizados até a data de rescisão. Essa quantia é depositada diretamente no Fundo de Garantia. 

Caso sinta dificuldades para calcular o Fundo de Garantia ou não tenha os valores exatos em mãos, é possível consultar o saldo pelo site da Caixa Econômica Federal. Pode-se ter acesso a esse valor, ainda, diretamente em uma agência da Caixa ou pelo aplicativo FGTS Caixa.

Como usar o FGTS no financiamento imobiliário?

Você já deve ter ouvido falar que o FGTS pode ser usado em financiamentos imobiliários. Se você possui um valor considerável no seu fundo de garantia, talvez seja hora de usar esse dinheiro para dar um passo ousado em direção à casa própria. 

Os imóveis financiados via Fundo de Garantia devem se encaixar nos pré-requisitos do Sistema Financeiro Habitacional (SFH), cujo valor máximo é de R$ 1,5 milhão. Uma das vantagens desse sistema é que os juros não ultrapassam 12% ao ano. 

Além disso, o FGTS pode ser usado no abatimento de prestações do imóvel financiado. Veja abaixo algumas regras para o uso do FGTS em financiamentos: 

  • mínimo de 3 anos de carteira assinada;
  • não ter outro financiamento ativo no SFH;
  • não ser dono de imóvel residencial na cidade onde mora ou trabalha;
  • compra do imóvel deve ser para moradia. 

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Viu como saber calcular o Fundo de Garantia pode alavancar a conquista da sua casa própria? Então não perca tempo e comece já a sua pesquisa. A partir do uso do Fundo de Garantia, você terá acesso a diversas vantagens no seu financiamento, como preços mais atrativos e taxas de juros reduzidas. 

Com a assessoria da Melhortaxa, você pode encontrar o financiamento imobiliário que mais combina com você, com a atenção e a responsabilidade que o seu dinheiro merece! Entre no nosso site e encontre a solução que você precisa!