Você já ouviu falar em interveniente quitante? Se você está prestes a vender uma propriedade que esteja alienado a alguma instituição financeira, provavelmente já ouviu falar sobre esse procedimento.
Caso você não saiba o que é interveniente quitante ou esteja interessado em comprar um imóvel que ainda está financiado, e está com dúvidas sobre esse processo, confira o conteúdo exclusivo que nós, da Melhortaxa, fizemos sobre o tema.
O que é interveniente quitante
O interveniente quitante é um processo que deve ser realizado quando você deseja comprar por financiamento ou dar como garantia de pagamento um imóvel ou veículo que já está alienado.
Por lei, não é permitido que duas instituições financeiras estejam atreladas ao mesmo bem e, sendo assim, se faz necessário finalizar a primeira operação de crédito. Basicamente, isso será resolvido da seguinte forma: a nova instituição financeira — ou seja, o interveniente quitante — quitará o restante do saldo devedor do primeiro empréstimo.
Consequentemente, abre-se um novo processo de financiamento com a empresa interventora. Nessa etapa, o cliente deverá passar por uma nova análise financeira, tendo que apresentar todos os documentos envolvidos no financiamento mais uma vez.
No entanto, se a nova operação de crédito for feita no mesmo banco que a primeira — ou seja, se não houver troca de instituição financeira — provavelmente não haverá dificuldades.
Como funciona o interveniente quitante?
Em suma, a entrada do interveniente quitante no financiamento funciona da seguinte maneira: o mesmo quita o saldo devedor do primeiro empréstimo e, após uma análise financeira do cliente, estabelece o pagamento da dívida, com taxas diferentes da primeira operação.
Um exemplo simples de interveniente quitante se dá quando uma pessoa deseja comprar um imóvel que ainda está sob financiamento de outra instituição financeira.
Utilizando nomes fictícios, considere a situação: Lucas deseja vender seu imóvel ainda sob um financiamento imobiliário e Thais se interessou. Nesse caso, o acordo será feito quase que integralmente da mesma forma que um financiamento de imóvel novo.
Ao acertar a venda com Lucas, Thais irá atrás de um financiamento com algum outro banco que desejar. Tendo a operação e o contrato aprovados, essa instituição financeira fará a quitação de imóvel do saldo devedor que Lucas tem com o banco do primeiro financiamento. Isso é feito primeiro pois, de acordo com a lei, não é permitido ter um imóvel alienado a duas instituições financeiras distintas.
Dado a baixa na primeira alienação, Thais realizará o processo de registro necessário junto ao cartório, ao mesmo tempo em que a nova alienação — com o novo credor — é feita. Com isso resolvido, Lucas receberá a diferença do acordo feito com o banco que financiou o seu imóvel, ou seja, o que fora pago por ele será recebido de volta.
Thais, então, deverá seguir o contrato de financiamento feito com o seu banco, pagando as parcelas no período estipulado para não cair na inadimplência.
Mas, então, qual a diferença entre interveniente quitante e portabilidade de crédito?
Agora que conhece o processo, provavelmente você deve estar se perguntando “qual a diferença de interveniente quitante e portabilidade de crédito?”.
A principal diferença é que na portabilidade de crédito apenas uma pessoa está envolvida no processo, e não há a venda de um imóvel. Já o interveniente quitante é voltado para venda de imóveis que estão em um processo de financiamento.
A portabilidade consiste em uma operação em que a pessoa transfere o restante de sua dívida de empréstimo para outra instituição financeira. Para isso, antes de tudo, é necessário que haja um consenso entre as duas empresas de crédito — e, consequentemente, um acordo financeiro entre elas para a quitação do empréstimo.
Com isso, a instituição financeira que assumiu a dívida negocia com o cliente uma forma de pagamento — obrigatoriamente com o mesmo valor, mas com condições e taxas diferentes.
A semelhança com o interveniente quitante está no fato de que é necessário quitar o débito com o primeiro banco para transferir a dívida — no entanto, o IQ só pode ser feito na compra e venda de imóvel.
Vale a pena fazer o processo de interveniente quitante?
A verdade é que, em alguns casos, adquirir um imóvel por meio de Interveniente Quitante é a única opção viável para o consumidor. Caso o apartamento ou casa esteja alienado a uma outra instituição financeira, a pessoa interessada em comprar o bem imobiliário, se não quiser apelar para o IQ, deverá esperar o proprietário terminar de quitar o imóvel.
Nesse caso, para não ter de esperar esse tempo, os dois lados — tanto o consumidor interessado na compra quanto o proprietário que deseja vendê-lo — podem sair ganhando.
Conte com a ajuda da Melhortaxa
O processo de interveniente quitante é algo que deve ser feito em instituições financeiras responsáveis, para que você não tenha problemas futuramente. Por isso, conte com a ajuda da Melhortaxa para ter a orientação necessária para realizar esse processo. Clique aqui e entre em contato conosco.
