O mundo dos investimentos é repleto de siglas especialmente relacionadas ao mercado de renda variável, em geral protagonizado pelas ações negociadas na Bolsa de Valores. Entretanto, a gama de opções vai muito além desses ativos: o ETF, por exemplo, vem ganhando cada vez mais espaço.

Esse tipo de investimento surge como uma opção interessante para quem deseja diversificar a carteira com apostas em ativos internacionais. Ao comprar uma cota, o fundo automaticamente replica um índice específico do exterior. Está na dúvida sobre o que é ETF e quais são os principais tipos? Confira a seguir.

O que é ETF?

Imagine uma cesta na qual são colocados fundos de investimento diferentes, atrelados a um índice. São os Exchange-Traded Funds (ETFs), que rendem conforme a volatilidade do mercado. Eles são administrados por um gestor de fundos e seguem os índices negociados na Bolsa.

Uma diferença sutil entre os ETFs e outros fundos de investimento é que, nessa modalidade, a negociação é feita diretamente pela B3, da mesma forma que a compra de ações. Isso significa que você pode negociá-los pelo home broker da corretora de valores da sua preferência, mesmo se ele for um ETF americano

Os investidores compram partes dessa “cesta” de fundos, formados por ações de um mesmo setor, que, por sua vez, são negociadas pela Bolsa. O Ibovespa é o índice mais replicado, mas existem pelo menos 20 tipos de ETFs negociados na B3. É uma forma de começar a investir no mercado de renda variável.

Principais tipos de ETFs

Há vários fundos de índices disponibilizados pelo mercado, e nesse universo existem diferentes setores que podem ser explorados pelo investidor. É possível investir em segmentos específicos, como criptomoedas, commodities ou ETFs de renda fixa. Conheça alguns dos ETFs da B3:

  • BOVA11: é o principal, composto por ações correspondentes a 80% do volume negociado na B3 e atrelado ao Ibovespa;
  • BRAX11: mede o retorno do investimento das 100 ações mais negociadas da B3;
  • SMAL11: aqui, são negociadas ações de companhias menores;
  • IMAB11: composto por uma carteira de títulos públicos do Tesouro Nacional indexados à inflação;
  • DIVO11: composto por ações de empresas que tiveram os maiores pagamentos de dividendos na bolsa.

Como funcionam os ETFs?

Para saber como funcionam os ETFs, lembre-se do exemplo da “cesta” de ações que mencionamos antes. O gestor responsável utiliza o valor investido pelo cliente para comprar as ações indicadas pelo índice escolhido. As cotas são negociadas durante o pregão da Bolsa, assim como a negociação de ações.

O BOVA11, que citamos há pouco, funciona dessa forma. Por seguir a oscilação do índice Ibovespa, sobe ou desce conforme o movimento diário das ações atreladas a ele. Uma vez que a composição do ETF é a mesma do índice, o objetivo do investimento é atingir rendimentos similares a ele.

Uma dúvida frequente dos investidores é se ETF paga dividendos — as parcelas de lucro distribuídas como remuneração aos acionistas. A resposta é sim! Porém, nem todos seguem essa linha, portanto é fundamental que você avalie antes de investir, caso o seu interesse seja aportar visando ao recebimento de dividendos.

Como investir em ETF?

Em dúvida sobre como investir em ETF? O primeiro passo é abrir uma conta no site da corretora da sua confiança. Qualquer pessoa física pode aportar recursos nessa modalidade, não sendo necessário possuir grande quantia. Essa é uma das vantagens dos ETFs: poder começar na bolsa com um investimento baixo.

Mas, antes disso, faça uma análise sobre o fundo para entender se ele combina com o seu perfil de risco. É possível acompanhar relatórios de análises oferecidos pelas próprias corretoras, com dicas de fundos que se adequam aos seus objetivos.

O ETF é uma opção de investimento segura para quem está começando a aportar na renda variável, já que apresenta uma oscilação regular que acompanha os melhores índices do mercado. O seu rendimento pode ser abaixo de opções mais ousadas, mas funciona como uma boa porta de entrada para quem deseja diversificar a carteira.