O surgimento de uma bolha imobiliária é resultado de fatores econômicos, políticos ou sociais em conjunto com o comportamento dos investidores, ou seja, quem compra imóveis com a intenção de morar no local ou fazer negócios.

Nesse cenário, os imóveis estão com um preço elevado, acima da média de valores comuns do setor. Isso leva a um aquecimento exacerbado, gerando uma crise nas operações de compra e venda.

Mas o que pode justificar esse aumento nos preços? Acompanhe o conteúdo a seguir para saber como as bolhas imobiliárias são criadas e quais são os riscos desse tipo de situação!

O que são bolhas imobiliárias?

Também conhecida como inflação imobiliária, a bolha ocorre quando um aumento exagerado nos preços dos imóveis implica diretamente o setor. Isso faz com que os valores praticados não sejam condizentes com os preços que são normalmente efetuados nas transações.

Como justificativa para o surgimento de uma bolha imobiliária, está o crescimento de novos investidores. Com a lei da oferta e demanda, assim como o aumento de pessoas interessadas nesse tipo de investimento, a tendência é que o mercado aqueça, movimentando as negociações e subindo os preços.

Como o aumento nos valores é excessivo, a demanda tende a cair após um período, gerando uma queda brusca nos preços de imóveis. Quando isso acontece, os investidores do mercado passam a vender as propriedades, “estourando” a bolha imobiliária.

Isso gera a desvalorização desses imóveis, já que, mais uma vez, os preços praticados ficam distantes dos condizentes, provocando uma crise imobiliária. A inflação no setor é causada por conta dessas alterações na procura por imóveis.

Entenda as causas das bolhas imobiliárias

Para constatar o surgimento de bolhas imobiliárias, os especialistas precisam estar atentos à movimentação e às características desse fenômeno. Dessa forma, quem tem a intenção de iniciar esse tipo de investimento pode dar um passo para trás, evitando possíveis prejuízos.

Especulação do setor

Quando muitos investidores veem uma oportunidade de negócio lucrativo no mercado imobiliário, como as transações de compra e venda, a demanda cresce consideravelmente. Isso faz com que os preços de imóveis e aluguéis também aumentem.

Porém, como a procura por imóveis diminui em razão dos preços elevados, essa demanda também cai. Nesse caso, os investidores passam a vender os imóveis imediatamente.

Crédito em excesso

Com a facilidade de conseguir acesso ao crédito imobiliário, as pessoas podem sentir uma segurança financeira que não existe e acabar se perdendo no momento de pagar o financiamento do imóvel, gerando dívidas.

Os mutuários podem não ter reais condições de arcar com o investimento no mercado imobiliário, ou seja, de serem os responsáveis financeiros pela transação, correndo o risco até de perderem a propriedade por conta da inadimplência.

Desequilíbrio com setores da economia nacional

Os investidores devem estar atentos aos valores praticados na economia em geral. Assim, será mais simples perceber quando o setor imobiliário estiver com os valores alterados, isto é, acima da média.

Mercado brasileiro

Segundo pesquisas de economistas em parceria com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a hipótese de ocorrer um tipo de bolha imobiliária no Brasil é remota.

Como resposta para essas especulações, podemos considerar que não existe desregulação financeira no país, mas solidez tanto nos bancos, quanto na macroeconomia. Além disso, a classe média possui poder de compra e aumento da renda mensal, enquanto os aumentos nos preços são bem fundamentados.

Entretanto, podemos citar a crise econômica nacional como um dos motivos que levaram à desaceleração do crescimento do ramo imobiliário. Além disso, a bolha imobiliária pode ser prevenida se as causas forem identificadas com rapidez.

Os compradores de imóveis inseridos nessa área devem se manter de olho na movimentação do setor. Dessa maneira, podem reduzir possíveis prejuízos em casos de novas crises.